Diagnóstico para Conservação e Restauro das Fachadas do Museu Paulista e dos Sistemas de Águas Pluviais

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O Museu Paulista da Universidade de São Paulo – Museu do Ipiranga, desde sua concepção por Tommaso Gaudenzio Bezzio, já estava destinado à monumentalidade, por todos os seus atrativos históricos e simbólicos para o imaginário paulista e ao coletivo nacional. A construção perdurou por dez anos e a inauguração data de 1895.

O Estúdio Sarasá foi contratado pela Superintendência do Espaço Físico – SEF-USP, sob a gestão da Equipe de Projetos, para analisar, avaliar e nortear acerca da preservação da edificação histórica. O escopo consistiu no pensar a conservação e restauro das fachadas do equipamento cultural, por intermédio do entendimento técnico advindo do diagnóstico das argamassas, caixilhos de portas e janelas, descidas de águas pluviais e condutores da cobertura, adequação das calçadas em torno da edificação, estudo sobre eliminação dos pontos de iluminação, procedimentos para a retirada da fiação, cabeamento sem uso e luminárias fixadas nas fachadas, bem como considerações sobre tipo e fixação de para raios.

Foi pensado método específico de trabalho para verificação das fachadas, tendo em vista a extensão da edificação. Dividiu-se em pranchas, com áreas delimitadas, em cada fachada, nos três volumes (Torres, Galerias e Corpo Central) para o pleno controle e gerenciamento dos levantamentos, o que também possibilitou a padronização de fichas de campo. Após a divisão por fachadas e a subdivisão de cada uma delas em setores, para melhor leitura, apontamentos, detalhamento e posterior compatibilização na escala proposta, garantindo uma varredura minuciosa acerca do estágio de conservação de seus elementos.

Procedeu-se, portanto, a uma leitura geral e de todo o sistema, meditando-se sobre a própria idealização do edifício. Perpassou-se pelo usos, acerca da técnica construtiva, quanto ao histórico dos materiais e cronologia das intervenções, até se chegar no contato com o estágio atual, a perceber os danos e patologias, tudo isso, portanto, a consubstanciar a meta conservativa e restaurativa.

Foram desenvolvidos estudos e acompanhamentos, tais como coletas de dados, ensaios práticos e análises laboratoriais, bem como levantamentos cadastrais.

Todo o esforço técnico e humano no sentido de olhar e elucidar o Museu Paulista, apoiou-se na interpretação de tais pesquisas e observâncias, o que conduziu, necessariamente, ao culto dos valores preservacionistas e memorialísticos, com o mote da mínima intervenção.

Foram apresentadas diretrizes à conservação e restauro das fachadas e seus elementos correlatos, com base em um longo, profissional, dedicado e denso diagnóstico, que vislumbra além da materialidade, mas a proteção da tradição, nacionalização e a sua simbolização incontestável do patrimônio cultural brasileiro.

BIBLIOTECA (em breve!)
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