Ribeirão terá Museu Nacional do Açúcar e do Álcool
10-ago-2013Idealizado por Luís Biagi e assinado pelo arquiteto Rodolfo Biagi Becker, o projeto contará com R$ 10,5 milhões em verbas do Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura).
De acordo com o gerente de fazenda Anísio Rodrigues de Paula, nesta primeira fase estão sendo investidos R$ 3,5 milhões – a maior parte na recuperação e conservação de dois prédios da antiga destilaria; da edificação principal, onde funcionaram o engenho e depois as usinas; das construções auxiliares, que abrigarão café, cachaçaria e biblioteca; e de peças e maquinário pesado. Ligando todos os prédios, um piso novo será instalado na parte externa.
Uma parcela menor da verba está custeando um dos aspectos mais inovadores do projeto: a zeladoria cultural, que consiste na formação de técnicos para divulgação, atendimento ao público e conservação desse patrimônio regional (leia a seguir).
Tanto conservação quanto a zeladoria estão a cargo do Estúdio Sarasá, de São Paulo.
O arquiteto Fábio de Mauro faz questão de frisar que “restauro” não é a palavra certa para o que está sendo feito pelo Estúdio Sarasá no Engenho Central.
“Isso supõe que você vai restaurar a edificação para uma determinada época. Mas essa usina passou por muitas interferências ao longo do tempo. São muitas épocas registradas. Estamos é conservando esses testemunhos com o mínimo de intervenção para que fiquem todas essas leituras”, esclarece.
Para Rodolfo Biagi, a grande riqueza é a história que as peças contam. “Não temos um prédio maravilhoso, mas ninguém no País tem um maquinário [desse tipo de indústria] tão preservado”, aposta.
“Temos até um mix de motor elétrico e máquina a vapor”, acrescenta.
Rodolfo lista entre o acervo, maquinário de origens francesa e inglesa, mas uma grande parte veio também de Glasgow, na Escócia, importada por Henrique Dumont – pai de Alberto Santos Dumont.