Mogi das Cruzes (SP) – Casarão tem licitação reaberta
26-nov-2003A Prefeitura de Mogi das Cruzes irá relançar o edital de licitação para contratar a empresa responsável pela restauração do antigo casarão que fica na Rua Coronel Souza Franco, no Centro. Durante o período para apresentação de propostas, que se encerrou na última sexta-feira, a Administração Municipal não recebeu nenhuma inscrição. As obras estão orçadas em R$ 626 mil e devem durar oito meses. Depois de restaurado, o imóvel deverá abrigar a Escola de Educação Patrimonial.
De acordo com o secretário municipal de Obras, Claudio de Faria Rodrigues, o processo licitatório ficou aberto por 30 dias, mas nenhuma empresa especializada apresentou interesse em assumir as obras. “Não pode ser qualquer construtora. Tem que ser uma empresa com capacidade técnica de realizar restaurações. Acontece que neste primeiro momento, alguns chegaram a fazer visita ao casarão, mas nenhuma apresentou efetivamente uma proposta”, comentou.
Por conta desta falta de inscrições, a Prefeitura vai reabrir a licitação a partir de amanhã. O edital deve ser publicado nas edições de terça dos jornais da Cidade. A empresa precisa comprovar que possui experiência no restauro de imóveis antigos e documentar trabalhos já realizados. Estudo técnico elaborado pelo Estúdio Sarasá Conservação e Restauro, ao custo de R$ 73,2 mil, apresentou as necessidades e itens a serem recuperados no antigo imóvel.
O casarão, de 190 metros quadrados (m²) construídos, ganhou atenção em março do ano passado quando as seguidas chuvas ameaçaram a estrutura já antiga. O caso, inclusive, tornou-se polêmico já que diversas pessoas reclamaram, via internet, dos trabalhos emergenciais feitos pela empresa terceirizada da Administração Municipal, a Demax Serviços e Comércios Ltda.
O projeto prevê a recuperação total do imóvel, incluindo assoalho, pinturas nas paredes, escada ao fundo do imóvel, a restauração das portas e a colocação dos sistemas hidráulico e elétrico no espaço. “Há um trabalho especial voltado inclusive para identificar as cores originais que foram usadas nas paredes. Os pisos de madeira serão recuperados, toda a parte hidráulica e elétrica será instalada, o gradil (símbolo do casarão) vai ser lixado e vamos colocar um elevador na parte externa”, acrescentou.
As obras devem custar R$ 626.775,48. A intenção da Prefeitura é que até o início de dezembro já haja a definição do nome da empresa. As obras estão previstas para janeiro. Lucas Meloni