Trânsito na Rua 7 será aberto em agosto

26-maio-2012

Autoridades e alunos de arquitetura participaram da reunião para discutir o processo de restauração do museu

Estúdio Sarasá – Autoridades e alunos de arquitetura participaram da reunião para discutir o processo de restauração do museu

A interdição de trânsito na Rua 7, nas proximidades do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga, alvo de muitas críticas e intensas polêmicas no município, pode ser suspensa dentro de 90 dias. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (25) pelo conservador/restaurador Antônio Luís Ramos Sarasá Martin, responsável pela obra de recuperação do prédio do museu, que foi destruído por um incêndio ocorrido no dia 21 de junho de 2010.

O anúncio foi feito em reunião técnica para falar sobre o andamento das obras. Toninho Sarasá explicou que, para liberar o tráfego na Rua 7, é preciso que a estrutura metálica de sustentação das paredes esteja pronta. Isso deve levar 90 dias. Concluído esse processo, a prefeitura deverá solicitar à Justiça a liberação da via. Se não houver entraves, o tráfego deve ser liberado em meados de agosto.

A reunião técnica realizada no salão de audiências do paço municipal contou com a presença da imprensa, diretores e secretários municipais, vereadores, alunos e professores do curso de arquitetura da Faculdade Asser.

Os trabalhos foram iniciados pelo secretário de Governo, Marcos Pisconti Machado, que relembrou os trâmites burocráticos que foram realizados para início da restauração do museu. Segundo ele, por mais que a população cobre, não há como agilizar os trâmites, que têm que ser feitos com base na legislação vigente.

A vereadora Raquel Picelli ressaltou a importância de se respeitar a legislação, mas salientou que é preciso também observar o lado positivo da fatalidade ocorrida no museu. Segundo ela, com o incêndio, o patrimônio histórico ganhou um novo olhar, imbuído de cuidado e preservação.

O prefeito Du Altimari lembrou que, quando assumiu a prefeitura, o município estava prestes a perder a verba federal destinada ao restauro do museu por falta de prestação de contas. Com isso, foi necessário elaborar um novo projeto e, em meio a esse processo, houve a fatalidade. Por sorte, 15 dias depois, o vereador Sérgio Desiderá se encontrou com o deputado federal Ricardo Berzoini, fez a solicitação e, por meio de emenda parlamentar, conseguiu R$ 3,9 milhões para a restauração do prédio.

Sobre a interdição de trânsito na Rua 7, Altimari disse que, apesar das críticas, fez o certo para evitar eventuais acidentes, visto que havia risco de desabamento das paredes do prédio do museu.

Toninho Sarasá apresentou o projeto intitulado “Das Cinzas ao Símbolo da Esperança” com as etapas realizadas até agora no processo de restauração. Primeiro foi feito o escoramento das paredes, o recolhimento e catalogação das peças, levantamento da técnica, patologias e danos, e a justificativa da legalização da obra.

No momento, estão sendo feitas as fundações para receber a estrutura metálica de sustentação. De acordo com ele, as paredes externas serão preservadas e vão manter a originalidade. Por dentro, a estrutura será totalmente moderna. As paredes antigas e novas serão interligadas por pilares metálicos.

O novo prédio terá três pavimentos, sendo um no térreo, outro no primeiro andar e um terceiro no subsolo. No térreo, haverá um salão para exposições, área de administração, recepção, banheiros com acessibilidade, além de café com espaço para lazer. O pavimento superior terá um salão com copa e banheiros. No subsolo será criado espaço para a reserva técnica do museu. A conclusão dos trabalhos está prevista para dezembro deste ano.

Fonte: JC Jornal  Cidade

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