O olhar da Zeladoria na preservação do patrimônio Histórico

21-maio-2015

Antônio Sarasá partilhou suas experiências de vida nos mais de 30 anos de trabalho com restauro, conversação e patrimônio histórico

Antônio Sarasá partilhou suas experiências de vida nos mais de 30 anos de trabalho com restauro, conversação e patrimônio histórico

O Mestrado em Memória Social e Bens Culturais promoveu, na noite de hoje (21/05), a palestra Preservação do Patrimônio Histórico Cultural com o Olhar da Zeladoria. O momento foi ministrado por Antônio Sarasá e contou com a participação da equipe técnica do Estúdio Sarasá, na área de Arquitetura e Gestão dos Projetos Culturais, além dos acadêmicos e professores do Mestrado em MSBC, graduação em História, Design e Arquitetura e Urbanismo.

Antônio Sarasá partilhou suas experiências de vida nos mais de 30 anos de trabalho com restauro, conversação e patrimônio histórico.  Iniciou a carreira seguindo os passos do pai, que trabalhava com restauro. O estudo sobre conceitos e debates sobre a restauração e os limites da intervenção o desafiaram a repensar a profissão e ir além. “Depois de 20, já estava intervindo em bens tombados, pelos quais já havia passado antes. Isso me causou grande estranhamento, porque havia algo de errado e não era denunciado ou tratado”, contou Antônio, que explicou, “o tombamento é um ato administrativo de reconhecimento da sociedade pelo patrimônio histórico, que não garante a conservação do mesmo, se não houver zelo e apropriação dos valores que ele transmite ou representa para a sociedade”.

Ele definiu a Zeladoria como ações simples que perpetuam grandes legados. Ela surge deste movimento de roca de valores entre o patrimônio, para além da sua materialidade. A zeladoria, mais do que o reparos, é o cuidado que se tem constante e permanentemente por aquilo que é querido pela sua sociedade, ou como exemplificou, que a pertença como uma forma de identidade.  “A restauração, que é o processo curativo, não é completamente compreendido se não houver a zeladoria: é essencial o olhar de zelo, carinho, amor e pertencimento ao patrimônio”, ressaltou.

Fonte: Unilasalle – Canoas-RS

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