Cliente

Superintendência do Espaço Físico da Universidade de São Paulo - SEF-USP

Serviço

Diagnóstico para Conservação e Restauro das Fachadas do Museu Paulista e dos Sistemas de Águas Pluviais

Localização

São Paulo - SP

Ano

2013

Museu do Ipiranga

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo – Museu do Ipiranga, desde sua concepção por Tommaso Gaudenzio Bezzio, já estava destinado à monumentalidade, por todos os seus atrativos históricos e simbólicos para o imaginário paulista e ao coletivo nacional. A construção perdurou por dez anos e a inauguração data de 1895.

O Estúdio Sarasá foi contratado pela Superintendência do Espaço Físico – SEF-USP, sob a gestão da Equipe de Projetos, para analisar, avaliar e nortear a preservação da edificação histórica. O escopo consistiu no pensar a conservação e restauro das fachadas do equipamento cultural, por intermédio do entendimento técnico advindo do diagnóstico das argamassas, caixilhos de portas e janelas, descidas de águas pluviais e condutores da cobertura, adequação das calçadas em torno da edificação, estudo sobre eliminação dos pontos de iluminação, procedimentos para a retirada da fiação, cabeamento sem uso e luminárias fixadas nas fachadas, bem como considerações sobre tipo e fixação de para-raios.

Foi elaborado um método de trabalho específico, tendo em vista a extensão da edificação. Dividiu-se em pranchas, com áreas delimitadas, em cada fachada, nos três volumes (Torres, Galerias e Corpo Central) para o pleno controle e gerenciamento dos levantamentos, o que também possibilitou a padronização de fichas de campo. Após a divisão por fachadas e a subdivisão de cada uma delas em setores, para melhor leitura, apontamentos, detalhamento e posterior compatibilização na escala proposta, garantindo uma varredura minuciosa acerca do estágio de conservação de seus elementos.

Procedeu-se, portanto, a uma leitura geral e de todo o sistema, meditando-se sobre a própria idealização do edifício. Perpassou-se pelos usos, acerca das técnicas construtivas, quanto ao histórico dos materiais e cronologia das intervenções, até se chegar no contato com o estágio atual, a perceber os danos e patologias, tudo isso, portanto, a consubstanciar a meta conservativa e restaurativa.

Foram desenvolvidos estudos e acompanhamentos, tais como coletas de dados, ensaios práticos e análises laboratoriais, bem como levantamentos cadastrais.

Apresentou-se diretrizes à conservação e restauro das fachadas e seus elementos correlatos, com base em um aprofundado diagnóstico, que foi além das materialidades, mas que ponderou a proteção dos seus simbolismos e significância como patrimônio cultural brasileiro.